Supercomputador Deucalion

Está oficialmente inaugurado o novo supercomputador “verde” português, o Deucalion, no campus de Azurém da Universidade do Minho, em Guimarães. Com 26 toneladas, está previsto que este supercomputador petascale tenha capacidade para executar 10 milhões de biliões de cálculos por segundo, o que irá permitir acelerar a produção de ciência e inovação em Portugal em domínios como a inteligência artificial, medicina personalizada, novos materiais e fármacos, observação da Terra e oceanos, combate às alterações climáticas e fogos, criação de smart cities, ordenamento do território, mobilidade e veículos autónomos.

Numa hora, o Deucalion consegue resolver um problema que um computador pessoal levaria 20 anos.

É estimado que venha a consumir mais de um megawatt-hora, o equivalente à quantidade de eletricidade usada por cerca de 330 casas durante uma hora, porém, o objetivo é que não venha a usar qualquer fonte de energia fóssil.

Para o Primeiro Ministro, António Costa, trata-se de um passo no sentido de passar do “Made in” para o “Created in Portugal”.

Neste momento, o Deucalion ainda não está a funcionar em pleno. De acordo com o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, seguem-se testes em que “as comunidades científicas estão a ser mobilizadas”.

Desde 2020 que era aguardado, numa primeira fase esteve destinado ao Avepark, para a partir do Minho ajudar a avançar a ciência e inovação nacional e europeia, visto que integra a rede Euro HPC, onde dará resposta a mais de 200 projetos por ano.

A Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), segundo a presidente Madalena Alves, irá lançar concursos dedicados para pequenas e médias empresas (PME), administração pública e permitir o acesso a tempo de cálculo para projetos já financiados.

Nas palavras da Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, este é “um momento histórico”. A governante frisa que esta é uma infraestrutura que estará disponível também para empresas que têm assim “elevada a sua capacidade de criação, otimização e aprovação de novos produtos e serviços e de desenvolvimento de cadeias de valor acrescentado”.

A Administração Pública também poderá beneficiar deste supercomputador, visto que irá permitir “aprofundar o processamento de dados públicos e estimular a produção de novos conhecimentos relevantes para os cidadãos”, de modo a melhorar as decisões políticas com base em evidência científica.

O Deucalion custou perto de 20 milhões de euros, dos quais 35% provém da União Europeia e os restantes 65% do orçamento da FCT.

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